terça-feira, julho 05, 2011

Carta Aberta aos Adeptos do grande F.C.Porto

Agora que está na moda mandar cartas abertas..ou ao Vilas-Boas, ou Ricardo Costa eu mudo o timbre e o foco.
Importa mandar uma carta àqueles que nos dizem algo, que por nós suam as camisolas e que connosco sentem aquilo que nós sentimos. Um orgulho imenso em ser do Porto.
Se calhar este post vai ser mais "sentimentalista" do que muitos que aqui coloquei, mas é exactamente isso que eu quero apelar. Podem nos levar tudo, podem vir com libras, podem insinuar que estamos mais fracos, mas há algo que não nos tiram, há algo que não é "comprável", algo que não é atingivel.
A nossa mistica e o orgulho em ser do Porto.
Isso nenhum dinheiro rouba. Nenhum intelectual percebe. Nenhum comentador relata. É algo que nasce connosco, que nasce de quem percorreu as ruas do Porto, alguem que vive o Porto alguem que tem orgulho em manter a sua pronuncia, alguem que tem no seu Bilhete de Identidade algo imútavel; a NATURALIDADE.
Sou do Porto, serei do Porto hoje e sempre.
Infelizmente neste momento vivo em lisboa porque aqueles que se diziam defensores do Porto assim que arranjaram tachos aqui, daqui não saiam nem proporcionaram hipoteses aos nossos de no Porto crescer, de no Porto viver, de no Porto trabalhar. Tenho dois objectivos na vida, desafios como o André Vilas Boas qualifica. E AVB que diferentes os nossos objectivos rapaz. Dinheiro? Não o nego. Todos lutamos por mais e melhores condições de vida. Mas não foi isso que te fez sair. Foi a ambição.
O segundo objectivo? Homonimo que o teu...Ambição...tradução? Completamente diferente. Luto diariamente para conseguir um dia voltar à minha cidade. E olha, não quero ganhar mais do que ganho aqui, quero o mesmo? Não...basta-me suficiente. Porque?
Porque tu não sabes o que é estar longe das ruas das Antas, porque tu não sabes o que é estar longe dos Clerigos, porque tu não sabes o que é estar longe da Ribeira, porque tu não sabes o que é sentir falta da nossa pronuncia diária, porque tu não sabes o que verdadeiramente envergar a camisola do F.C.Porto, porque tu não sabes o que é ter que fazer 600 km sempre que o Porto joga no dragão para poder estar 90 minutos junto dos teus, dos nossos, de nós, EM MINHA CASA.
 Tu não sabes porque nunca deste valor, tu não sabes porque estes sentimentos tu nunca compreendeste. Tu não compreendeste porque tu nunca os tiveste. O que tu tiveste foi um chavão. Nasci do Porto, pela lógica sou do Porto.
Tu nunca sentiste como nós sentimos o Porto. Tu nunca te comoveste a ver o fogo de artificio de S.João ao som dos Gnr "Pronuncia do Norte", "Porto Sentido" Rui Veloso e "Vinho do Porto" de Donna Maria. André, tu foste um burguês que no Porto cresceu, e como burguês o teu instinto mercantilista falou mais alto.
Mas sabes...nós? Somos mais que isso...Somos Porto, Somos o Porto.
Presidente? Temos um grande, enorme SENHOR, treinador? Não conheço, mas confio. Jogadores? São onze. Todos estes passam, mais tarde ou mais cedo, por estas ou aquelas razões vao-nos deixar para trás.
Mas nós ficamos.
A cidade do Porto fica.
O F.C.Porto fica.
A mistica fica.
O sentimento de pertença ao Porto e ao F.C.P fica.
E sabes...são estes que interessam. São estes os pilares que baseiam o Porto, que baseiam o meu amor que baseiam o ser do Porto.
A diferença amigo, é que a tua cadeira de sonho era de treinador. Eu contento-me com o lugar anual naquele estádio...os predicados que daqui advem...tu nunca vais perceber.
Quanto àqueles que como eu vivem o Porto, como eu sentem o Porto, que como eu sentem o orgulho de ser do Porto. Deixo este video...e digam lá o que disserem...a verdade é que....



ATÉ OS COMEMOS, CARAGO!!!

3 comentários:

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  2. Capo,

    Transmontano a trabalhar em lisboa tb sinto o porto como tu (ok, talvez) e com pronuncia diferente...

    O ser Porto felizmente hoje em dia já é uma forma de ser, de estar, de trabalhar, e olha que sei do que falo depois de 8 anos na cabeça de alfinete que é lisboa....

    abr

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  3. Grande Pedro,

    Compreende então o que é ser portista neste enclave.
    Compreende então a necessidade de mistificar quando alguem lhe diz este fim de semana "vais lá a cima", como se estivessem a referir à santa terrinha? Ou vais ao "Norte"? Como se fosse um pais vizinho distante e inalcançável?
    :)
    Abr

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